Poderia ser um grande filme, mas não tem qualidade e originalidade técnicas suficientes para isso, em particular quando comparado com outros "biópicos". Vale sobretudo pela soberba interpretação Meryl Streep, que nos agarra o tempo inteiro a parte da história da Primeira-Ministra. Não é por isso um “filme da minha vida”, mas retrata a vida de uma das mulheres que mais admiro.
Como o disse Teresa de Sousa, não é um filme sobre a política tout court, não é um filme sobre o capitalismo, o liberalismo ou sequer sobre o tatcherismo; é sobretudo um filme sobre o carácter. Ora, não podia estar mais de acordo.
Margaret Thatcher foi, enquanto mulher na vida pública e na vida política, um exemplo de carácter, de convicção, de vontade de mudar para melhor, de insurreição contra o status quo confortavelmente instalado. M.T. mostrou o que é ter carácter, e como este pode moldar a forma de fazer política.
Thatcher mudou o mundo como o conhecemos: fez parte do fim da Guerra Fria, do declínio (e do fim) do comunismo enquanto modelo de regulação da vida das pessoas. Thatcher viu cedo aquilo que mais ninguém viu. De uma filha de merceeiro para um exemplo de liderança mundial.
A Dama de Ferro, como um dia um general soviético lhe chamou, percebeu cedo que o socialismo era terrível para a economia e para o desenvolvimento económico, combatendo-o desde sempre. Um verdadeiro modelo de como fazer política: premiando o valor, o trabalho e o mérito das ideias, e nunca dos “amiguismos”. Um exemplo ainda nos dias que correm de coragem e rectidão em como nunca nos devemos desviar daquilo que defendemos e acreditamos. Um exemplo para a dita direita não socialista, que, infelizmente no caso português, e, no que à forma de fazer política diz respeito, se distingue muito pouco dos ditos socialistas.
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